domingo, 16 de dezembro de 2018

UMA ONDA NO SERTÃO !


Tem certas coisas que existem, mas não acreditamos por achar impossível de acontecer. Uma onda em plena região de seca é uma dessas coisas que temos de ver para acreditar. Claro que nos dias atuais e com as tecnologias de se registrar os acontecimentos, fica fácil provas algumas coisas que poderíamos achar estranho.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

ITABAIANA, UMA CIDADE COMERCIAL


Esta cidade foi outrora um sítio denominado Catinga de Ayres da Rocha, de propriedade do vigário Sebastião Pedrozo Góes, que o vendeu para à Irmandade das Almas, sob a condição de ser nele edificada uma igreja a elas dedicada, e, segundo parece, é a atual matriz, que foi construída em 30 de outubro de 1630 de 1675. Não há certeza da data da fundação da vila, mas desde o ano de 1665, já era assim denominada. Entretanto, segundo o professor L. C. Silva Lisboa (1896), foi elevada à categoria de vila por lei de 19 de fevereiro de 1835. Passou a ser cidade a partir da Resolução n. 1.331, de 28 de agosto de 1888. O município de Itabaiana se tornou o centro de cultura de algodão e produzia também mandioca, milho, feijão, e cana - de - açúcar. A sua sede fica na serra de mesmo nome do município, sendo o seu clima bastante ameno (SERGIPE, 1936, p. 3-4).

quarta-feira, 13 de junho de 2018

O que os cebolas rifam!

A terra dos ceboleiros é nacionalmente conhecida como a Terra dos Caminhoneiros, mas poderia muito bem ser chamada a Terra das Rifas ou quem sabe ser chamada a Terra dos Rifadores!

Quando criança (década de 60 do século XX) era comum aparecerem pessoas com loterias. Essas loterias eram cartelas onde constavam vários desenhos de quadrados e dentro desses quadrados eram colocados nomes de mulheres. Para as pessoas jogarem nessas loteria tinham de escolher algum desses nomes e escrever dentro do quadrado a própria identificação. Na parte superior desta cartela tinha um nome coberto por uma tarja opaca que depois de toda preenchida era retirada e o nome constante, embaixo desta tarja, era o nome sorteado e quem escolhia era o ganhador. Essa modalidade de loteria era feita com prêmios de pequenos valores e não durou muito tempo e hoje é raramente utilizada.

domingo, 6 de maio de 2018

O paraíso dos peladeiros III - O time dos gordos

No início da década de 70, do século XX, eu morava nas proximidades do Beco Novo (Rua Coronel Sebrão). Próximo a esse Beco Novo existiam vários campos para prática do futebol, foram justamente desses campos de onde saíram grande parte dos jogadores que posteriormente se tornaram profissionais e forneceram muitos dos jogadores para o chamado Tremendão da Serra (Associação Olímpica de Itabaiana).

Com o falecimento do meu pai tive de mudar de residência, fui morar no chamado Conjunto Velho (Conjunto General João Pereira) e foi então que percebi um fato interessante. Nos campos de peladas próximos ao Beco Novo os peladeiros praticavam o esporte sempre a tarde e novo local de moradia se praticava o esporte pelas manhãs e tardes.


O time do Ubaldo

sábado, 28 de abril de 2018

O paraíso dos peladeiros II

Com a febre decorrente do tri campeonato mundial de futebol da Seleção Brasileira de Futebol, muitos clubes e equipes de futebol apareceram como se fosse uma praga. Isso ia desde os chamados profissionais, amadores, futebol de salão, futebol soçaite até as chamadas equipes de várzeas.

O time de Futebol do Incuído

Mas a grande maiorias das pessoas só tinham conhecimento da parte do esporte mostrado nas televisões e nunca imaginaram (nem imaginam) a diversidade e os times fantásticos que surgiam por toda parte. Um desses times super fantásticos era o time do Incuído e que na realidade tinha o nome e fardamento do Fluminense do Rio de Janeiro. O nome era em decorrência do dono do time ser torcedor do Fluminense do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

O "ALVARAL"


Na campanha política para as eleições municipais, de 1988, um taxista amigo, aqui de Itabaiana virou para o lado, para o partido que eu acompanhava e que ganhou naquele ano. Um dilema, porém, o perseguiu durante toda a campanha: "E se eu perder o 'alvaral'?" Dizia ele, num vício de linguagem com a palavra alvará, licenciamento usual para exercer a atividade de taxista. Pra variar, o alvará de táxis, é, mais um instrumento de aliciamento político partidário nas mãos dos prefeitos, ou de seus vereadores, ainda hoje Brasil afora.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O paraíso dos peladeiros I

A febre dos peladeiros

Estádio Etelvino Mendonça na década de 60 do século XX.
Quando o Brasil foi tricampeão mundial de futebol, os brasileiros já eram praticantes admiradores deste esporte e a partir da conquista tricampeonato de futebol passaram a ser fanáticos praticantes e torcedores.

A cidade do Rio de Janeiro era uma espécie de capital nacional do futebol com vários times e esses times detinham vários títulos nacionais, mas acredito que era considerada a capital do futebol por que não conheciam a pequena cidade de Itabaiana!

segunda-feira, 2 de abril de 2018

UMA CASA COMO PROTEÇÃO



No final do século XIX, mais precisamente após a elevação da Villa de Itabaiana em Cidade (28 de agosto de 1888) seu centro urbano era pouco habitado, sobrando para as casas em sítios que rodeavam o perímetro, composto apenas por três praças sem estrutura, algumas ruas ainda no chão batido e duas igrejas católicas. Uma destas igrejas foi construída em homenagem ao andarilho São Cristóvão (Igreja do Cruzeiro do Século), de pequeno porte e mais ao leste. A principal era a de Santo Antônio, localizada no centro da cidade.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Os cebolas e a ofensa coletiva anônima !

Na década de 80 do século XX, na cidade de Itabaiana, uma das maneiras de se ofender uma pessoa era chamá-la de viado (era como se pronunciava o vocábulo veado) e bastava o cara se chatear com alguém que soltava o verbo: seu viado safado. Essas agressões eram comuns nas discussões e na maioria das vezes os desentendidos ficavam somente na discussão daquele momento. No outro dia estava o dito pelo não dito e os desentendidos já estavam calmos e sem ofensas.

Nesta época não existia computador e muito menos internet, as ofensas eram ditas olho no olho e na grande maioria das vezes era feitas apenas para chatear uns aos outros. Por isso quase sempre não eram levadas a sério pelos ofendidos e nem pela plateia. Não tinha como fazer ofensas coletivas de maneira anônima, pelo menos era o que se pensava até aparecerem as famosas listas dos que supostamente (não foram identificados os autores do feito) eram os ditos viados (homossexuais) da cidade.

O que eram essas listas

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Antigas profissões dos cebolas XIV - Os vendedores de produtos milagrosos

Nas décadas de 60 e 70, do século XX, os meios de comunicação não conseguia atingir todo o território nacional e mesmo para aquelas regiões onde o sinal poderia ser captado tinha o problema que nem todo mundo tinha rádio e televisores eram muitos mais raros.

Em decorrência das dificuldades das pessoas se informarem, era comum aparecerem, nas feiras, todo tipo de gente (comprando e vendendo), todo tipo de produto e quem nem sempre tinham alguma utilidade. Era comum aparecerem pessoas vendendo produtos para cura de tudo que era tipo e os mais comuns eram os vendedores de produtos para cura de mordida de cobra e os vendedores de Diosgenine em Pó. 


Equipamento muito usado por vendedores ambulantes na década de 60-70 do século XX


Todos os dois tipos de vendedores tinham serviço de alto-falantes, usavam, na maioria das vezes um microfone amarrado no peito, sempre carregavam uma cobra e alguns deles se vestiam usando ternos.