Eram transportados em caixas de isopor pendurados no ombro por uma correia. Vendidos nas feiras, campo de futebol (melhor horário era antes do jogo) e em campinhos de peladas. Estranhamente, raramente eram vistos nas praças Fausto Cardoso (em frente a igreja) e na praça Santa Cruz (em frente ao cinema).
Atualmente ainda temos os vendedores ambulantes de picolés, mas agora são vendidos juntamente com sorvetes e os vendedores são adultos (é proibido, por lei, menor trabalhar). O comércio destas iguarias passou a ter concorrência internacional (a principal é a Nestlé), apareceram sabores de frutas de outras regiões, tem até sabores que não existe a fruta correspondente e de certa maneira diminui as vendas dos picolés e sorvetes tradicionais. As vendas foram facilitadas pela modernidade da embalagem que facilitam a conservação e o transporte dos picolés e dos sorvetes em embalagens plásticas e com o uso de pequenos carros construídos exclusivamente para venda deste produtos.
O favorito
Os sabores existentes eram em sua grande maioria de frutas da época (mangaba, goiaba, umbu, etc) e tinha até picolé de morango, mas o sabor preferido era o picolé de coco. Praticamente 50% das vendas eram de sabor de coco. O consumo chegou, durante algum tempo, a criar certa identidade concorrente com a identidade ceboleiros. Quando se visitava algumas das cidades vizinhas e tentava comprar um picolé de coco, muitos vendedores falavam: esse deve ser de Itabaiana.
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Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)
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