Concha era o equipamento usado par encher os sacos as embalagens com cereais |
Embora existisse a Feira das Farinhas, existia o que chamávamos de Feira dos Cereais. Na realidade um grupo de bancas que variava entre cinco ou seis bancas. Deixar claro que o número de bancas em qualquer feira varia de acordo com a época do ano.
O que me deixava impressionado era a qualidade dessas bancas que pareciam verdadeiras mercearias montadas e desmontadas para venda somente no dia da feira. As bancas eram compostas de três bancas com mais ou menos 30 centímetros de altura, onde eram colocados sacos, em sua maioria, com noventa quilos e cobertura forrada com lona de caminhão. Uma banca maior era colocada a frente, uma menor do lado direito, outra do lado esquerdo e pelos fundos o local de entrada e saída dos vendedores (geralmente só trabalhavam os proprietários juntamente com a família). Mediam aproximadamente quatro metros de largura por quatro metros de comprimento e de altura variável.
Os cereais mais vendidos eram farinha (embora existisse a Feira das farinhas), feijão, arroz e café em grãos. Nesta época ainda era muito comum às pessoas comprarem o café em grãos para moerem em casa, principalmente os moradores das áreas rurais. Com o passar do tempo esse tipo de bancas de venda de cereais foram desaparecendo devido o aparecimento de venda de cereais vendidos em pacotes previamente pesados e embalados (geralmente contendo um quilo por pacote). Os primeiros a começarem a sumir foi o café em grãos e até surgiu uma beneficiadora (poderia se dizer moedora) que pertencia a Seu Cajuzinha (Café Novo Horizonte) e ficava vizinha ao atual Supermercado GBarbosa. Mas, além do Café Novo Horizonte, vieram concorrentes de outras praças, tais como: Café Sul-americano e Arajipe (o melhor café de Sergipe) eram os mais comuns e hoje essas duas beneficiadoras não existem.
No início, media-se a quantidade de cereais usando medidas e posteriormente passaram a usar balanças e consequentemente pesos. O uso de peso facilitou a venda de cereais em pacotes nas casas comerciais (mercadinhos e mercearias). Os feirantes ainda tentaram resistir vendendo cereais em pacotes previamente pesados e embalados em pacotes, geralmente, de um quilo, mas foram sumindo da feira conforme foram surgindo um maior número de mercadinhos e mercearias.
Um fato interessante era que as embalagens eram sacolas feitas de panos levadas pelos próprios compradores. Com o passar do tempo foram sendo substituídas por embalagens, fornecidas pelos vendedores, feitas de papel e hoje por sacolas plásticas.
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