Quando comprei meu primeiro carro era o orgulho em pessoa. Todo final de semana não deixa passar o banho e limpeza. Um chevett com dez anos de uso!
Todo sábado a tarde, lá estava eu orgulhoso lavando o carro. Passando um xampu. Nesta época, morava em um condomínio construído pela antiga Companhia de Habitação (COHAB), não existia o muro separando os prédios da rua e nem separando os prédios entre si. Era possível ver os moradores dos prédios vizinhos lavando os carros e motos. Podiam-se ver os peladeiros em atividade no campo ao lado do condomínio.
Terminado o trabalho de limpeza, coloquei o carro dentro da garagem e foi que percebi que o cadeado da garagem tinha sido roubado!
Chamei um dos garotos, morava no mesmo prédio, e solicitei que ficasse vigiando a garagem e fui até a casa de material de construção providenciar a compra de outro cadeado.
Resolvido o problema, fui para o banho e posterior jantar. Como de costume, todos os finais de semana, era comum os vizinhos se juntarem nas garagens e realizarem jogos. O jogo predileto era de baralho (Buraco Duro).
O jogo já rolava solto, todo mundo comendo e bebendo animadamente, quando chegou um dos moradores do prédio vizinho. Cumprimento para lá, cumprimento pra cá e fez-se a pergunta normal: e aí, tudo bem? Como está?
Estranhamente o vizinho respondeu: tudo bem nada! Teve um Filho da puta que colocou um cadeado na garagem e fiquei sem poder colocar o carro dentro!!!! Foi que um dos jogadores, pai do garoto que deixei olhando a garagem, me chamou e em colocou a par do problema do vizinho.
Dirigir-me ao morador do prédio vizinho: quer dizer que fecharam sua garagem com um cadeado enquanto você estava distraído lavando o carro? Que ele concordou: foi!
Na qual fui me explicando: rapaz, enquanto eu lavava o carro, agora a tarde, alguém passou e me roubou o cadeado, será que não é o mesmo? O vizinho foi até a casa dele em busca do cadeado. Testamos a chave e não deu outra.
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