quarta-feira, 15 de março de 2017

Antigas profissões dos cebolas III - O Vendedor de Cavaco Chinês

Todos os finais de feira era certo a passagem de um rapaz vendendo Cavaco Chinês pelo Largo santo Antônio e nas segundas-feiras, quando vinha da Feira de Carira (SE), era certo ver a passagem do mesmo a vender pela Praça dos Táxis (Praça General João Pereira).

O Cavaco Chinês era carregado condicionado dentro de latões reutilizáveis de manteiga mineira, pendurados no ombro por uma correia de couro e o vendedor ia batendo com uma haste de metal em um triângulo para chamar a atenção dos possíveis clientes. O triângulo é idêntico aos que é usado nos trios de músicas nordestinas e diferente de outros vendedores, o único som utilizado para atrair os possíveis clientes era o da batida do triângulo.

domingo, 12 de março de 2017

Antigas profissões dos cebolas II - O Vendedor de água em latões


vendendor-agua.jpg
Foto tirada ao lado do Brasília Bar, tendo ao fundo a Praça Fausto Cardoso e o lado
da Prefeitura Municipal de Itabaiana (SE).
Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (Facebook)

O ofício de vender água em latões era uma profissão que durou até que foi implantada a Rede de Fornecimento de Água Encanada em Itabaiana. Depois de implantada a Rede de Fornecimento de água, os vendedores de água mudaram de profissão e alguns ainda resistiram durante algum tempo vendendo água em alguns povoados.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Feira de Itabaiana (SE): Em se plantando tudo dá

Pujante, cultural e produtos Made in Itabaiana

Do Blog de Silvio Oliveira

Itabaianenses no Centro de
abastecimento
A expressão “em se plantando tudo dá” remete à Carta escrita em 1º de maio de 1500 por Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel, contando sobre a terra recém-descoberta. A expressão é usada até hoje para designar uma terra fértil e, no caso atual de Itabaiana (SE), cidade próspera do Agreste de Sergipe que fica a poucos 35km de Aracaju, cai bem para designar a quantidade de hortifrúti encontrada na feira livre.


Os gostos, sabores, cores, cheiros e sensações são de transformar um espaço de compras do dia a dia em ponto turístico.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Antigas profissões dos cebolas I - Vendedor de água na moringa

Poucas pessoas, dos dias atuais, conhece uma moringa. Um recipiente feito de barro, usado para guardar água para beber e que durante algum tempo foi usada para venda de água em locais públicos, tais como: campos de peladas, nos locais de canteiros de obras (principalmente de casas) em geral e mais especificamente nas feiras.

Pode parecer estranho, para os dias atuais, uma situação de pessoas, na maioria das vezes crianças, vendendo água de beber em um recipiente de barro. Mas, é bom lembrar que no passado, principalmente em Itabaiana, não existia a figura da “água encanada” (serviço de distribuição de água) e mesmo depois da implantação deste serviço, demorou um bom tempo para que a grande maioria dos habitantes se tornassem usuários do sistema.

Três motivos foram os responsáveis pela demora em abandonar as cisternas, moringas, potes, porrões (as pessoas pronunciavam “purrões”), etc. Primeiro, para ligar milhares de casas a rede se demora muito e a demora era ainda maior usando os equipamentos daquela época (os regos para se colocar os canos eram cavados com picaretas), segundo era o hábito de se usar água de cisternas e o terceiro foi de ordem política. Houve até assassinatos (prefeito e filho) do lado político contra implantação da rede e os do mesmo lado político demoraram muito a ligarem as casas à rede de oferta de água.